O seguro do meu carro pode ser negado?
Contar com uma proteção para o seu veículo é essencial, já que não podemos prever as eventualidades que vão ocorrer.
Hoje em dia, com o crescente aumento das frotas os números de acidentes e eventos como roubos e furtos se tornaram mais frequentes. Com isso a procura por serviços de seguro também aumentou e as empresas estão ficando mais exigentes de aprovar ou não o veículo de um cliente.
O seguro do meu carro pode ser negado?
Sim! As seguradoras têm a prerrogativa de negar o risco. Isso quer dizer que uma seguradora pode considerar que um determinado veículo corre muitos riscos de sofrer eventualidades e, por isso, não vale a pena para ela assumir o risco.
Entretanto, para negar assegurar um veículo, a seguradora precisa se justificar. Após enviar para a seguradora todas as informações do carro solicitando um seguro, as empresas têm até 15 dias úteis para retornar com uma negativa. Após esse período ela não pode mais recusar assegurar o veículo e esta é uma norma da Susep (Superintendência de Seguros Privados). Junto com as informações, o carro deve passar por uma vistoria para que a empresa analise quais são as condições do bem.
Quais são os motivos para a recusa?
Não existem normas ou regras definidas que determinem a aceitação ou a negativa de um seguro veicular. Porém existem alguns motivos que já foram declarados pelas seguradoras, confira:
– veículos que receberam uma má avaliação após a vistoria;
– veículos com mais de 15 anos de uso. Com o passar do tempo a possibilidade de apresentar defeitos é maior;
– veículos que saíram de linha, portanto a reposição de peças pode custar caro ou até mesmo não serem encontradas;
– veículos que possuem chassi remarcado pois podem ter sido roubados e/ou adulterados;
– veículos com irregularidade no emplacamento e documentação;
– veículos importados e de alto valor, já que o custo das peças ou indenizações em caso de roubo ou sinistros podem ser muito elevados.
As seguradoras negam estes e outros exemplos por considerarem que, caso haja um sinistro envolvendo o carro, o valor investido pelo segurado é pouco diante do gasto total, portanto para elas passa a não ser um negócio lucrativo.
Somente o carro é avaliado?
Além da avaliação do carro em si, o proprietário, juntamente ao seu histórico e perfil, também são amplamente avaliados. Listamos alguns exemplos de recusas em função do dono:
– motoristas que tenham muitos históricos de sinistros;
– pessoas inadimplentes;
– motoristas com carteira de habilitação suspensa;
– motoristas com processos administrativos e/ou judiciais por dirigirem embriagados;
– carro fica na rua por muito tempo durante o dia;
– proprietário não possui garagem em casa.
Como puderam ver, o estilo de vida é levado totalmente em consideração na hora da avaliação de um seguro de carro. Negligências que hoje não parecem ter importância podem custar mais caro lá na frente.
O seguro foi recusado por uma seguradora, mas outra não
Quem teve o seguro recusado em uma seguradora não significa que terá em outra. Isso porque cada empresa pode utilizar critérios diferentes para fazer a avaliação.
Portanto, o ideal é fazer a cotação em mais de uma seguradora para que dessa forma se aumente as chances de ter o carro segurado.
Tive o seguro negado, vou ficar desprotegido?
Quem teve a proposta recusada não precisa ficar sem proteção, primeiro é importante verificar qual foi o motivo da recusa.
Dependendo do caso basta fazer as regularizações apontadas e novamente tentar fazer o seguro com a mesma empresa.
Ainda assim, se não tiver sucesso você pode optar por uma Associação de Proteção Veicular. Nela você conta com todos os benefícios e proteção oferecidos pela seguradora e não precisa passar por toda a burocracia.